segunda-feira, 17 de junho de 2013

Garotinha Ruiva - O amor platônico do Charlie Brown

MEU PRIMEIRO BEIJO

WALCYR CARRASCO

Meu primeiro beijo
Antônio Barreto

Leitor fluente — 6o e 7o anos do Ensino Fundamental
Fazer uma intertextualidade com o film : Meu primeiro beijo de" Walcyr Carrasco"


* Ativar o conhecimento do mundo
. Trabalhar com o título do texto
. Expectativas em relação ao primeiro beijo
. Sobre o que vai tratar o texto

* Localização de informações; comparações; generalizações
. Localizar o espaço eo tempo
. Identificar a temática
. O tratamento em relação a linguagem



UM POUCO SOBRE O AUTOR DO FILME QUE SERÁ FEITA A INTERTEXTUALIDADE

Walcyr Carrasco nasceu em Bernardino de Campos (SP), em 1951, e foi criado em Marília. Depois de cursar jornalismo na USP, trabalhou em redações de jornais, escrevendo desde textos para coluna social até reportagens esportivas. É autor das peças de teatro O terceiro beijo, Uma cama entre nós, Batom e Êxtase, sendo que esta última conquistou o prêmio Shell de Teatro, um dos mais importantes do país. Muitos de seus livros infanto-juvenis já receberam a menção de “Altamente recomendável” da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Entre suas obras publicadas, estão: 
Irmão negro, O garoto da novela, A corrente da vida, O menino narigudo, Estrelas tortas, O anjo linguarudo, Mordidas que podem ser beijos, Em busca de um sonho e A palavra não dita (todos pela Moderna). Também escreveu minisséries e novelas de sucesso, como Xica da Silva, O Cravo e a Rosa, Chocolate com pimenta, Alma gêmea, Sete Pecados, Caras & Bocas e Morde & Assopra. Também se dedica às traduções e adaptações. 
Além dos livros, Walcyr Carrasco é apaixonado por  bichos, por culinária e por artes plásticas. É membro da Academia Paulista de Letras, onde recebeu o título de Imortal.

RESENHA

Nada mais difícil do que ser filha de uma mãe deslumbrante de tão linda, com todos os homens do mundo caindo-lhe aos pés. Especialmente se,  ao invés de puxar a ela, acaba-se puxando ao pai com seu nariz de guarda-chuva. E pior ainda,  quando se descobre a necessidade de usar óculos e um garoto filho de mexicanos, colega da escola, insiste no desagradável apelido de bezerra de quatro-olhos. Esse é o dilema da pequena Clara, uma esperta e enfezada garota de seis anos de idade, bastante preocupada porque está fi cando velha e nunca arrumou um namorado, enquanto a mãe recusa todos os seus pretendentes, apegada à imagem do pai da menina, seu marido morto há muitos anos. Inventiva e impulsiva, a garota cria toda a espécie de confusão ao inventar que namora Braz, caminhoneiro e antigo apaixonado de sua mãe. Mas, no fi m das contas, tudo termina com um final feliz: Braz e sua mãe se casam, e Clara, vestida de dama de honra, dá enfim seu sonhado primeiro beijo – em Rosendo, o menino mexicano com quem tantas vezes ficara furiosa.

COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA

Meu primeiro beijo trata-se de uma bem-humorada narrativa em primeira pessoa, que adquire seu encanto pela personalidade marcante da narradora, que não se enquadra, de modo algum, no estereótipo de uma garota boazinha e delicada. 
Clara é irrequieta, um tanto raivosa, mentirosa e desobediente – e, ainda assim, doce. E, principalmente: julga-se tão madura quanto qualquer adulto, capaz de decidir o que é melhor para si e para os outros. O autor trata de um tema bastante presente na vida dos jovens leitores: a dificuldade de lidar com a autoimagem, e as expectativas, muitas vezes pouco realistas, que criamos em relação ao amor. Clara torna o leitor seu cúmplice e o diverte com suas tiradas sinceras e cortantes.

QUADRO-SÍNTESE
PROPOSTAS DE ATIVIDADES

Antes da leitura
1. O título do livro já indica de modo bastante direto um dos temas abordados pela história e cria no leitor uma expectativa por esse beijo que já se sabe que acontecerá. Leia com seus alunos o texto da quarta-capa e proponha que tentem criar hipóteses a respeito do desenrolar da trama.
2. “Ela quer ser uma garota normal, mas sua vida é tão complicada!” Provavelmente, muitos de seus alunos vão se identificar com essa frase. Porém, afinal de contas, o que é uma garota ou um garoto normal? Levante o debate.
3. Certamente, a maneira como a juventude atual lida com o amor é bastante diferente da experimentada por gerações anteriores. Proponha que seus alunos realizem entrevistas com seus pais e avós e procurem descobrir como cada geração lidou com o amor entre jovens. Prepare as perguntas com antecedência e sugira que registrem a conversa com um gravador.
4. Leia com os alunos o texto a respeito do autor, para que conheçam um pouco mais da trajetória 
de Walcyr Carrasco.

Durante a leitura
1. Sugira que os alunos verifi quem se as hipóteses que levantaram a respeito da narrativa se confi rmam ou não.
2. Estimule-os a tentar adivinhar, enquanto leem, quem seria, afi nal, o parceiro do tão sonhado 
primeiro beijo.
3. Diga à turma que procure prestar atenção aos momentos em que a narradora se dirige diretamente ao leitor ou faz considerações a respeito do ato de escrever.
4. Embora a trama se desenrole de modo relativamente linear, a narração faz saltos no tempo para contar a história de alguns dos personagens; esse fenômeno ocorre inclusive com períodos anteriores ao nascimento da personagem-narradora. Chame atenção para tais Trackbacks.
5. Peça aos alunos que prestem atenção na maneira pela qual, em diversos momentos, os mesmos eventos são encarados de forma totalmente diferente pela narradora e pelos adultos. Veja se notam como esse desnível cria efeitos de humor.
6. Solicite também que observem as ilustrações do livro, procurando perceber a relação entre texto e imagem.

Depois da leitura
1. O enredo de uma das mais famosas comédias de Shakespeare, A Megera Domada, conta como nasce um amor inesperado entre dois personagens que, como Clara e Rosendo, a princípio sentiam uma flagrante antipatia um pelo outro. Escolha algumas cenas da peça para ler com a turma (de preferência, incluindo entre elas a cena em que os dois se conhecem no que é praticamente um duelo de insultos). Chame atenção para a maneira como se estrutura um texto teatral (divisão em atos e cenas, nomes dos personagens indicando de quem é a fala, rubricas, etc.). Sugerimos a tradução de Millôr Fernandes, que preserva o humor e a fluência do texto original, publicada pela editora L&PM. 
2. A história de Nina, mãe de Clara, nos remete, por sua vez, a outro texto teatral, O urso, de Tcheckov, peça curta em um ato em que uma bela mulher insiste, por orgulho, em manter-se fiel ao marido morto. Leia com seus alunos o texto da peça e proponha uma comparação entre as duas personagens.
3. Assista com a classe ao filme Meu primeiro amor, de Howard Zieff, que, assim como o livro de Walcyr Carrasco, aborda uma gama de temas mais vasta do que seu título sugere. Provavelmente, notarão como as duas protagonistas, Vada e Clara, têm muitas semelhanças: Vada, assim como Clara, é órfã (mas de mãe, e não de pai), julga-se adulta, apaixona-se perdidamente por um homem mais velho e menospreza o que sente por um colega da sua idade.
4. Meu primeiro beijo termina com um final feliz, porém, a infância e a adolescência são quase sempre uma época repleta de amores platônicos não correspondidos. Charlie M. Schulz, em suas tiras Peanuts, retrata muito bem esse aspecto dolorido do amor na infância: Charlie Brown, seu tímido protagonista, cultiva um amor platônico pela misteriosa Garotinha Ruiva, que nunca aparece nas tiras; Snoopy ama Lucy, que não consegue chamar a atenção de Schroeder, que só quer saber de seu piano; Sally vive atrás de Linus, que só tem olhos para sua professora Miss Othmar. Vale a pena procurar em bibliotecas algumas tiras sobre o tema para ler com seus alunos. No youtube, é possível encontrar uma animação em que Charlie Brown fala de seu amor platônico pela Garotinha Ruiva: www.youtube.com/watch?v=39VJ1Z9y038&feature=related (acesso em 28/jun./2012).
5. Instigue seus alunos a recontarem a história de Meu primeiro beijo, em primeira pessoa, do ponto de vista de Rosendo. Como ele lida com o fato de viver num país estrangeiro? Quando percebeu que gostava de Clara? Como se sentiu quando soube de seu suposto namoro com um adulto?

DICAS DE LEITURA
◗ do mesmo autor
O mistério da gruta. São Paulo: Moderna.
A corrente da vida. São Paulo: Moderna.
Histórias para a sala de aula. São Paulo: Moderna.
O anjo linguarudo. São Paulo: Moderna.
Irmão negro. São Paulo: Moderna.
◗ sobre o mesmo assunto
Luna Clara e Apolo Onze, de Adriana Falcão. São Paulo: Salamandra.
Livro da 1a  vez, de Otávio Frias Filho. São Paulo: Cosac e Naify.
Confi dencial, de Ivana Arruda Leite. São Paulo: Editora 34.
Limeriques de um Bípede apaixonado, de Tatiana Belinky. São Paulo: Editora 34.
As mil taturanas douradas, de Furio Lonza. São Paulo: Editora 34.
Thatiane de Oliveira Lima

sábado, 15 de junho de 2013

Situação de Aprendizagem – Turma 4 – Grupo 3

Público - alvo: 9º ano

                                   PAUSA

                                                  Moacyr Scliar

1.  Ativação de conhecimento de mundo; antecipação ou predição; checagem de hipóteses:

Apresentar  apenas o título nesse primeiro momento
Levantar hipóteses a partir do título, o que os alunos entendem como “Pausa”. (Sobre o que vai falar? Por que tem esse título?)
Disponibilizar  figuras que representem “Pausa”  para estabelecer e nortear a discussão  proposta.

2.  Localização de informações; comparação de informações; generalizações:

Apresentar o texto fragmentado aos alunos, pedir a eles que façam a leitura do texto para gerar expectativa conforme se avança na leitura. Pode ser usado o Datashow durante a apresentação da  atividade . (É importante nesse momento o aluno ter acesso ao texto todo)
Entregar partes do texto para que os alunos, em grupos ou individualmente, façam a leitura e levantem hipóteses; depois fazer o agrupamento do texto para checar as informações.
Pedir aos alunos que identifiquem, no 1º parágrafo do texto, marcadores temporais que demonstrem a pressa de Samuel.

3.  Produção de inferências locais e globais

Fazer um debate em sala
No início da leitura do texto, imagina-se que Samuel realmente fosse trabalhar, entretanto, a partir do momento em que ele para o carro deixando-o  a dois quarteirões do seu destino,  percebe-se  que ele não está indo trabalhar. A partir desse momento, há a expectativa de que ele vá a um encontro amoroso, porém, no final, descobre-se que a personagem procura  um espaço para que possa fugir da realidade em que  vive.

4- Recuperação do contexto de produção

Atentar sobre  as características do gênero textual conto
Finalidade do gênero
Perfil dos interlocutores
Suporte
Tema
Estrutura
Linguagem

5-  Intertextualidade

Filme: Click
Música: Silêncio das estrelas – Lenine
Música– O dia que não terminou  -  Detonautas
6-  Ao final da leitura

Questionar os alunos sobre  o que há em comum entre o texto “Pausa”  e a letra das músicas “Silêncio nas estrelas” e  “O dia que não terminou”.

           7-  Percepção de outras linguagens, elaboração de apreciações  estéticas

Produção  de uma crônica pelos alunos
Leitura da produção textual feita por outro colega da classe (sugerir a divis
Apresentação dos textos produzidos  para a classe
Entrega das atividades ao professor
Correção dos textos  e devolução dos mesmos aos alunos
Reescrita dos textos
Confecção de um livro de crônica da turma (manual ou digital)
Apresentação do material confeccionado à classe.
                                                Maria da Glória
 O  Avestruz
Crônica
Situação de aprendizagem - Publico Alvo 5ª série
Turma 6 – Grupo 3


__  Levantamento do conhecimento prévio sobre o assunto,

__ Disponibilizar várias imagens de avestruzes,

__ Questionar: Que animal é esse?
                        Onde vive?
                        O que  ele come?
                        O que o título sugere?

__ Perguntar aos alunos o eles acham que será  tratado no texto / crônica.

Durante a leitura

Letura colaborativa ou compartilhada.

Realizar inferências  sobre o vocabulário e expreções:  TPM, Floripa, Higienópolis, etc.
Que  tipo  de  texto  é  esse?  Um  artigo  cietífico  ou  narração?
Informar quais os gêneros que podem ser encontrados dentroda tiplogia narrativa.
Enfatizar que esse texto "Avestruz" é uma crônica, atentando para as características do mesmo.
Ao final da leitura    Verificar se os argumentos foram convicentes  e resolveu o problema.
Questioná-los sobre o entendimento do texto e o porquê  do menino ter mudado de idéia.
Produção escrita coletiva aprofessora deverá escrever na lousa, e os alunos sendo os coautores do texto.  Após feito o texto podem produzir hitórias em quadrinhos.
Para finalizar passar o filme "os pinguins do papai", que fala sobre um presente inusitado.

Jocélia de F F Terciani

domingo, 9 de junho de 2013

Minha experiência com a leitura, foi aos primeiros anos de vida...pois minha mãe por sempre gostar e ser professora, me incentivou já desde os primeiros aninhos de vida, onde ela comprava coleções de livros de ilustrações para que eu pudesse criar minha própria historia com as imagens.Lembro como se fosse hoje, onde ela me levava até a escola onde ela lecionava e vinha com uma biblioteca de livros...achava que tudo aquilo era p eu levar para casa, e como queria poder tê-los! Mas ela dizia, p eu escolher apenas aquele que mais chamasse minha atenção, e eu como sempre gostei de os que tinha mais ilustração da zona rural, como até hoje gosto muito.
Um dos livros que recordo é o do Monteiro Lobato"Urupês,, belíssimo escritor, procurando sempre focar a natureza em suas obras.Foi aí, que tudo teve um significado diferente e importante até hoje em todo meu percurso da leitura e a escrita.Sou muito grata aos meus pais por  ter me colocado nesse mundo da leitura, onde só ele será o alicerce para nossa construção de conhecimentos futuros.Tenho orgulho de ser professora , onde procuro sempre levar até os meus alunos o contato direto com a leitura em sala de aula, e também com as produções de textos, onde eles podem perceber que pela leitura se faz o relato do que foi aprendido.
Creio que o interesse pela leitura tem que vir já desde o berço, a família tem que dar o primeiro passo, fazer com que seus filhos tenha esse contato já na infância, na casa. A partir daí; terá um contato concreto nas escolas, com diversos gêneros textuais.
THATIANE DE OLIVEIRA LIMA

Como Gilberto Gil, comecei a leitura oral aprendendo receitas do lado do fogão com minha tia e meu tio. ali ela explicava como se fazia receitas, assim fui aprendo, a gravar as receitas mentalmente.
Logo fui para a escola, o meu primeiro livro foi a Cartilha Caminho Suave (esta Cartilha continua existindo, mas foi reformulada). Amei o meu primeiro livro, tinha todo o cuidado com ele.
Gostava dos Textos e desenhos que continham, mentalizava os desenhos e associava as letras, principalmente o "Z" da Zabumba, gostava do instrumente.
Nesse período, já comecei anotar as receitas culinárias, veio também leituras de histórias em quadrinhos, revistas, muitos outros livros... meus tios adotivos não eram leitores, então sempre lia escondido (era emocionante!).
Quando estava iniciando o antigo Magistério (curso de formação de professoras), li muitas vezes o livro o Pequeno Príncipe, pois minha professora falava que só seriamos boas alfabetizadoras após várias leituras, desse livro me encantei com o Jatobá, e assim, foi as minha leituras.
Como diz Rubens Alves: "A Literatura é um processo de transformação alquímicas." ... e Marilene Chauí: "O livro abre novos mundos, ideias e sentimentos novos, descobertas sobre nós mesmos". é isso... através dos livros podemos viajar, criar a nossa filosofia de vida.
Moacir Scliar diz: ..."muita coisa eu jogo fora, pois acho que a cesta de lixo é a grande amiga do escritor". Por isso quanto mais lemos, escrevemos, novas idéias vão surgindo e criando melhores textos.
JOCÉLIA DE FÁTIMA FERREIRA TERCIANI

CLARICE LISPECTOR - SAUDADES

sábado, 8 de junho de 2013

 Qual a melhor forma para ler???

Fica ao seu critério, mas ai vai algumas dicas divertidas.